quarta-feira, 23 de março de 2011

PARA ONDE ESTAMOS DIRIGINDO O NOSSO OLHAR

Texto Bíblico: Daniel 4: 29-37

A Babilônia era a cidade mais rica e poderosa do mundo antigo. Suas exuberantes construções, até hoje continuam desafiando o mundo moderno. Tinha uma área com cerca de 520 q    uilômetros quadrados e era protegida por uma muralha que media aproximadamente 102 metros de altura e 26 metros de espessura. Nas entradas da cidade, 25 portões de bronze ou cobre conduziam a vários terraços, que davam frente para o famoso rio Eufrates. No palácio do rei Nabucodonozor, existiam belíssimos jardins suspensos, que foram considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.
E todo esse fabuloso império estava sob o controle do rei Nabucodonozor, homem poderoso, rico, muito famoso mais acima de tudo, demasiadamente orgulhoso (Daniel 5: 20-21).
Ele era acostumado a olhar somente para a grandiosidade de suas realizações e conquistas e em nenhum momento chegou a reconhecer o poder soberano de Deus, apesar de muitas vezes ter sido advertido pelo profeta Daniel. Para quebrantar aquele homem, foi necessário Deus tirá-lo de seu convívio social, mandá-lo habitar com os animais selvagens e comer capim como os bois (o homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz (parte posterior do pescoço, a nuca), será quebrantado de repente, sem que haja cura- Prov. 29:1).
E assim Nabucodonozor ficou por um período de sete anos. Decorrido esse tempo, diz  o texto, que o rei muda de direção e olha firmemente para o céu, como que procurando ver o Deus Altíssimo. Nesse momento num extremo ato de humildade, ergueu sua voz louvando e glorificando ao Senhor Todo-Poderoso, reconhecendo que não há Deus maior do que o nosso Deus.

Lucas 16:19-24: ( O rico e Lázaro) Nos mesmos moldes do rei Nabucodonozor, o homem rico mencionado no texto, quando em vida só olhava para os bens materiais. Talvez uma ganância excessiva pelo dinheiro, e nunca teve a preocupação de acumular tesouros no céu (Mateus 6: 20).

Que tesouros serão esses de que Jesus falou?

Em Mateus 25: 35-36 o Senhor Jesus relaciona quais são os tesouros que devemos acumular no céu: um prato de comida a quem nos pede, um copo d´agua para aquele que está com sede, uma peça de roupa que não nos serve mais, no entanto  tem grande utilidade a quem nada tem para vestir, o cuidado com alguém doente, uma visita àqueles que estão na prisão. São coisas tão simples, mas que no céu seus valores são calculados a preço de jóias raras.

É evidente que além dos tesouros mencionados, outros também foram citados por Jesus, tais como: buscar em 1º lugar o Reino de Deus, ter uma vida de santidade e de total compromisso com Seus ensinamentos e muitas outras coisas que precisamos praticar, para que sejam transformadas em tesouros no céu.

É importante observarmos que Lázaro nada pedia ao rico, conforme os versos 21 e 22. No entanto, movido por uma grande fome, qualquer coisa poderia satisfazê-lo, até mesmo umas migalhas. Mas nem isso lhe era oferecido. O homem simplesmente ignorava a presença de Lázaro na frente de sua casa.

Diz-nos o texto que os dois homens morreram, mas suas almas tiveram destinos diferentes. O rico foi para um lugar de tormenta, e o mendigo para o Céu. De onde se encontrava, o rico levantou os olhos para o céu e avistou Lázaro. Implorou pela misericórdia Divina, mas todos os seus argumentos foram inúteis. Era tarde demais.
Em vida aquele arrogante homem, não quis compromisso com os ensinamentos Cristo e agora o Céu não estava mais ao seu alcance. Há um grande abismo entre os dois locais (verso26), e esse abismo é totalmente intransponível. Nenhuma concessão ou oportunidade poderia ser oferecida àquele homem. Ele olhou para o céu muito tardiamente.

Gênesis 13: 10-11- Por falta de espaço que pudesse melhor acomodar os animais de Abrão e Ló, ambos decidiram se separar. Abrão por questão de ética e também de humildade, permitiu que seu sobrinho escolhesse primeiro, o lugar para onde deveria seguir.
O texto nos diz que Ló dirigiu o olhar em volta de si e viu que o vale do Jordão era fértil e tinha bastante água. Era como o Jardim do Deus Eterno (O Jardim do Éden).
O olhar de Ló foi de egoísmo e de ganância. Só que por isso pagou um preço muito alto. Vejamos o que aconteceu com aquele homem:
1)- Logo de início foi preso (Gênesis 14: 1-12);
2)- Perdeu a esposa que foi transformada em uma estátua de sal (Gen. 19: 26);   
3)- E o que de mais terrível aconteceu com Ló, foi o relacionamento incestuoso que teve com as duas filhas; sendo que a mais velha deu à luz a um menino que se chamou Moabe e a mais jovem também concebeu a um menino cujo nome foi Ben-Ami.

Os descendentes de Moabe (os moabitas) e os de Ben-Ami (que foram os amonitas), se tornaram grandes inimigos do povo de Deus.

Às vezes nós fazemos escolhas nas nossas vidas, que podem nos causar grandes sofrimentos, como aconteceu à Ló.

Reflexão: Para onde estamos olhando? Será que é para a nossa riqueza, para o nosso comodismo, para as novidades que o mundo oferece, para o nosso orgulho, nossa posição social, para a sede de poder, para a corrupção?
É preciso estarmos atentos e observarmos para onde estamos olhando, para que não aconteça que quando resolvermos mudar a direção dos nossos olhos, seja tarde demais.

O Pastor Hernandes Dias Lopes no seu livro “Daniel - um homem amado no céu”, diz que a nossa vida segue o rumo do nosso olhar. Portanto tomemos cuidado a que direção estamos olhando.

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